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Hoje, Senhor, dizes-nos muito claramente pela Tua Palavra: «Eu sou a luz do mundo»
Aqui, frente a Ti, posso ser testemunha da Tua luz.
E é dessa luz e nessa luz que quero, que queremos viver.
Tu chamas-nos, Senhor, a sermos também luz no mundo.
Somos luz com a Tua luz, ou melhor, conTigo e em Ti, que és a verdadeira luz.
Ser luz no mundo é ser testemunha da luz que és Tu, Senhor.
Somos nós, sou eu, verdadeiras testemunhas da Tua luz, Senhor?
Reflectimos a Tua luz, ou julgamos nós, de quando em vez, que temos a nossa própria luz?
A Lua não tem luz própria, apenas reflete a luz do Sol.
Assim também nós não temos luz própria, mas apenas podemos refletir a luz que que nos vem de Ti, que és a verdadeira luz.
E só essa Tua luz é que ilumina e guia.
Só essa Tua luz é que é caminho Teu, e para Ti.
A luz que muitas vezes pretendemos ter, apenas aponta para nós próprios e, como tal, não é caminho, mas apenas obstáculo ao caminho.
Aqui, junto de Ti no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, pergunto-me se realmente dou testemunho verdadeiro da minha fé na Tua presença real na Eucaristia.
Afinal a Eucaristia tem que ser o centro da nossa vida cristã, da nossa fé, porque a Eucaristia és Tu, Senhor, realmente presente para nós.
Quando penso na “nossa” fé, pergunto-me se a minha fé é a fé da Igreja, ou é uma fé que eu tenho à minha medida.
É que se não for a fé da Igreja, então não posso refletir a Tua luz, nem posso ser testemunha da Tua presença real na Eucaristia, do Teu infinito amor por todos nós.
Faz, Senhor, que eu seja humilde como a Lua e apenas reflita a Tua luz, o Teu amor, a Tua presença em mim e no meio de nós, na Eucaristia.
Faz-me espelho, Senhor, que reflita a Tua luz, espelho que apenas reflete, mas não se faz notado.
Garcia, 7 de Abril de 2025
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)